janeiro 19, 2011

Visitas, Lançamento e Meia Noite

Ok, eu sei que sumi, sim, eu sei. Sabe por quê? Porque eu escrevo essa porra.

Sorriso.

Lapso.

Falsidade.

Enfim. Estou em São Paulo. Vim para o lançamento do livro Jogos Criminais, da Andross Editora, que aconteceu no sábado, dia quinze de janeiro. Esse foi um dos principais motivos, eu realmente queria ir ao lançamento, prestigiar o Goldfield que teve o seu conto publicado e ver algumas pessoas. No entanto, eu também saí de Itanhaém pelas visitas na minha casa. Assim, quando você mora no litoral ou até interior mesmo, as pessoas costumam pensar que a sua casa é uma espécie de pousada na faixa. Não digo que todo mundo é assim, não. Mas alguns são.

Eu moro no litoral sul de São Paulo. Não é o melhor lugar para viver e eu não gosto muito de lá, mas foda-se. Eu moro lá. E eu tenho uma família grande por parte de mãe, e minha madre tem vários amigos. Alguns nós convidamos com o maior prazer, outros se convidam. Tudo bem você se convidar, sem problemas, contando que você saiba que: primeiro, a comida não nasce no meu quintal. Segundo, nós pagamos água, luz, telefone, tv a cabo, internet e etc. Terceiro, a casa fica ligeiramente longe de várias coisas, incluindo a praia. Quarto, eu não dirijo, e a minha mãe ainda não comprou um carro, então tenha um antes de vir. E quinto, a minha casa ainda está em construção, falta pintar, arrumar o quintal, colocar piso na área da churrasqueira, montar a área de serviço, essas coisas que não são urgentes.

Se você entende isso, e eu gostar de você, talvez até te convide para passar uns dias aqui.

Certo?

Ótimo, agora entenda: você precisa ajudar. Aqui não é pousada da mãe Ren, não, caralho. Se você está sem dinheiro, tudo bem, nós entendemos, é só ajudar a manter a casa em ordem. Certo? Mas tem pessoas que não entendem isso. A esposa de um dos irmãos da minha mãe avisou que iria passar uns dias lá em casa com os filhos e que meu tio iria no fim de semana. Tudo bem, são três filhos, homens, entre 13 e 19 anos que comem muito. Pra você ter uma idéia, duas cocas-colas de dois litros, foram exterminadas em um dia. Nós enchemos os colchões de ar, e eles dormiram na sala, ocupando muito espaço. De madrugada, eu mal conseguia voltar para o meu quarto. Eles faziam barulho, comiam tudo, até coisas que minha mãe comprou para mim e eu mal tive a chance de sentir o cheiro, acabaram com as minhas frutas, bebidas e sono. A minha mãe ia ao mercado, e a minha tia não pagava nada, sendo que ela e seus filhos consumiam tudo e ela ainda teve a audácia de dizer ao meu tio, quando a irmã da minha mãe o questionou sobre quanto tempo a mulher e filhos deles ficariam em casa, que pagou uma super compra para minha mãe. Incluindo um pacote de cerveja.

Resumindo, eu sai de casa, porque estava puta. Muito puta. Visitas são legais, ok, tudo bem, mas porra, colabora.

Outro assunto é o lançamento. Foi lindo, passei um tempo maravilhoso com: Edson Rossatto, Giulia Moon (Diva mor, tive a chance de questioná-la sobre a continuação de Kaori), Adriano Siqueira, J. Modesto, Goldfield (Escritor e amigo, provável futuro companheiro da Arielli, com Mercado dos Mortos), Alfer Mendeiros (Um amor de pessoa, escritor de Fúria Lupina), funcionárias lindas da Andross, Georgete Silen, e algumas pessoas que no momento não lembro o nome, mas fizeram meu sábado valer a pena. Foi divertido, conheci pessoas, comprei livros, ganhei autógrafos e marcadores lindos, apresentei minhas idéias, ganhei sugestões, amigos nesse mundo literário, na busca por uma editora que nos acolha, fiquei muito alegre com meu estômago vazio e várias taças de vinho, ri e me diverti até o fim. Comprei Cem Toques Cravado, Fúria Lupina, Jogos Criminais e O Livro Negro dos Vampiros. Esse último foi um achado, só tinha três exemplares lá.

Domingo eu fui ao shopping Central Plaza ou algo assim, ai vim pra casa da Mah, BFF, segunda ela teve uma entrevista, e então nós, aliás, eu gastei horrores e mais tarde adotei a Meia noite.

Meia Noite, gata, pelagem negra, olhos amarelos. Ou você entende o nome, ou morre tentando.

Ela é um amor, de noite, antes de dormir. De dia, é o capeta. Morde, arranha, espalha tudo pela casa, faz o inferno como todo bebê. E está dando um gasto enorme. Transportador, exame para viagem, vermífugo, comida, vacina, areia, caixa de areia. Mas está valendo cada segundo, porque ela é simplesmente adorável. Ela está aqui no meu colo, desmaiada. A Mah também pegou uma, a Roxy, que é mista, laranja, preto e branco. O nariz dela é metade preto e metade rosa, um charme só! Ela é bem calma, comparada com a irmã. E agora só falta levá-la pra casa.

O único problema, é que a minha mãe não sabe da existência dela. Ainda.

Da sua diva e semeadora da discórdia preferida.

Meia noite, a reencarnação do mal.