janeiro 08, 2011

#1 ~ NAN e as Editoras

Novos Autores Nacionais. 

Eu sempre quis fazer um post para esses lindos monstrinhos. Por que eles são, certo? Esses NAN surgem do nada, do nada mesmo, brotam da terra fugindo do inferno, e POW já tem uma comunidade no orkut para a história deles. Não levem isso como um insulto, estou falando do meu jeitinho filho da puta. Só isso.

Eu sou uma NAN, não tenho necessariamente muito orgulho disso, mas aí já é outros 500. Eu comecei a minha carreira com 11 ou 12 anos. Com 15 eu tinha três livros completos. Hoje eu tenho mais que isso, mas não pergunte e eu não minto. Não sei se você que está lendo isso entendeu o meu ponto, mas o que quero dizer é: nós somos jovens. Muito jovens.

Como a Patrícia Camargo, autora de Rubro, que tem 15 anos e já está no terceiro livro da série. Thaís Mendonça, cheia de projetos como Spirit Away e Divine, Shagan, Lovely Creature, e Elf's Heaven, e tem apenas 17 anos. A autora de Academia Asas da Noite começou com 15. A Carol com outras maravilhosas histórias também começou com 17 e já tem um livro pronto. A B começou com 16 e escreve a sua série Filhas da Noite. Ou como Kampos, o autor de Vinganças de Sangue e Marko e Emily ~ Amor Macabro, que tem apenas 30 anos e já está assinando contrato com a Editora Arielli, e terá seu Vinganças de Sangue lançado em outubro de 2011. Ou então Gutemberg Fernandes, o autor de Contos Perdidos de Mórien com apenas 20 anos e já vai nlançar seu livro também em 2011. Outros autores como Mandy Porto, Luíza Salazar, Nessie Araujo de Arelli, Carol Farias de O Destino do Amor, Kami Girão de Yume e dezenas de outros.

O que acontece é, o mercado e as editoras estão, finalmente, dando o ar que os escritores precisam. Os que eram anônimos, estão conseguindo sair do anonimato através de blogs literários. Parece bem fácil, só falar assim, mas porra, não é. Os leigos pensam que nós simplesmente escolhemos uma editora ao acaso, conversamos com eles e mandamos os manuscritos das nossas obras. E fim! Eles publicam. Ah, amigo, eu queria que fosse tão fácil.

Nós sofremos como condenados, revisamos as nossas obras, revisamos novamente, mandamos para uma editora ou várias ao mesmo tempo e esperamos. Algumas mandam um e-mail, após meses, recusando e com muita sorte, dando uma crítica fundamental, nos indicando um caminho para melhorar a obra. Outras nem se dignam a nos enviar um "Alô, gostamos do seu livro." ou "Oie, não gostamos, tchau".

Às vezes, o que nos mata, nem é a recusa em sim. Mas sim o tempo. Uma, duas, três recusas tudo bem, sempre haverá outra editora para mandar. Mas o tempo? Não, não... Tempo você não acha no bolso ou compra. Não, você perde tempo. Você fica ansiosa antes mesmo de mandar o manuscrito. E quando manda, aaah, é guerra contra o relógio. A primeira noite você nem dorme. Você fica acordada a noite inteira pensando se eles já estão lendo, se estão gostando, como está a coisa! A primeira semana é só ansiedade, o primeiro mês também. Mas aí vai passando e você começa a ficar puta. Você percebe que eles não estão ligando para o que você sente.

E não, eles não ligam. Não estão nem aí pra nenhuma das suas merdas de problemas.

E no fim, eles simplesmente, em caso negativo, mandam um e-mail e você se pergunta se eles são humanos dotados de alguma emoção. É bem isso. Eu sei bem porque tive amigos que passaram e passam por isso. Amigos que choraram comigo porque as editoras que recusaram não tiveram um pingo de humanidade no coração.

Sim, eu vou falar mal de todas as editoras que eu puder, se elas agem assim com os autores.

Eu pensei muito antes de mandar Vermilion para a Editora Arielli, muito mesmo. Eu não estava planejando mandar para alguma editora tão cedo, mas eu vi o que eles fazem pelo Twitter. Como eles são gente boa, se importam com os autores. Eles interagem, conversam com você, batem um papo super divertido. E simples assim, depois de três ou quatro dias, a Nessie me ligou, nos conversamos e eu fechei. Vermilion será publicado. Pronto.

Eu digo, a Editora Arielli tem toda a minha adoração por simplesmente interagir com o autor e não signorá-lo por completo. Então, eu tiro meu chapéu e calcinha. Parabéns, Editora Arielli, vocês são o exemplo que toda editora nacional e internacional deveria seguir.

Dito.

7 comentários:

  1. Estamos na melhor editora brasileira <3 *babona mode on*
    Post muito lindo, franco, direto e realista, Ren! Vc, como sempre, arrasando na sua opinião!
    E assino embaixo das suas palavras!!
    Obrigada por me citar, querida!!
    Beijão!

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  2. Sucesso para toda a família Arielli!!!!
    Belo texto!
    ;)
    bjs***

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  3. Pena que eu naum conheço a Arielli... Tah, bebi sim! hehehe

    Sucesso com seu livro, malukinha!

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  4. Isso ai minha cara! Temos que correr atrás daquilo que queremos e não nos importar com o que os outros pesam.!

    Sucesso pra todos nós!!!!!

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  5. Estou simplesmente de boca aberta... ( e por favor não pensem besteira e nem completem a frase ok)
    Minha cara,não sou um escritor ou um NAN ( adorei o termo), mas sou um leitor... e busco qualidade nas minhas leituras. Odeio saber que um inferno de livros lançados são comentados em todos os blogs de jeitos tão idênticos que me causam náuseas. Para isso mudar precisamos que editoras tenham um acervo legal e dinâmico para oferecer ao leitor. Não tinha a menor pretensão de ler literatura nacional como estou lendo agora... mas não dá pra ficar a espera tão injusta. Seu post é perfeito.
    Falou tudo...
    Que as editoras respeitem os NAN's e os seus leitores. Precisamos disso!




    LEIAMOS!

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  6. Eu sei o que você diz, Ren. Porque, poxa, você espera tanto... E às vezes a Editora nem se digna a dizer o porquê. Afinal, tudo tem um porquê. Eu acho que para escrever, precisamos desses porquês, dessas críticas, para ser melhor, fazer melhor. E as pessoas ao seu redor não entendem. Elas dizem que sim, que tudo vai melhorar, mas não é bem assim. Só quem escreve sabe. Só quem fica horas selecionando perfis editoriais sabe. Só quem passa o dia inteiro checando o e-mail sabe. Eu conheço muitos editores, muitos bastante simpáticos, e as vezes eu me pego pensando, Poxa, conheço tanta gente, e não consigo Editora, será que meus livros são tão ruins assim?
    Porque raríssimos editores nos contam o que pensam, o que acham das nossas obras, e conseguem se manter profissionais. Porque falta de profissionalismo as vezes é o pior.
    Posso citar nomes aqui? Um beijo enorme pro Erick Sama, da Draco, que me criticou TANTO que me fez chorar a tarde inteira, mas me fez uma pessoa melhor. Beijo pra Nessie Araújo, da Arielli, que partiu meu coração, mas me incentivou a crescer.
    E beijo pra Ren por ela existir (e morar do lado dos índios) õ/

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  7. Bela postagem minha amiga louquinha e escritora!! Hehe!! Pois é, todos nós já passamos por situações complicadas com editoras, principalmente aquelas que nos ignoram sem nenhuma resposta, nem mesmo negativa, ou aquelas que entram em contato na esperança de explorar o autor e não trabalhar em conjunto em nome de sua obra.
    Mas que grandes autores já não passaram por isso, né?! Pelo menos, no futuro, tenho certeza que seremos exemplos e referências a muitos novos escritores que irão dizer: "Eles também não foram reconhecidos de primeira, mas nunca desistiram... Não desistirei também!".

    E vamos que vamos agitar o cenário literário de 2011 e daqui para frente juntamente com a Arielli Editora!!!!! ;)....

    Grande Abraço!!

    Kampos

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